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"USAREI AS PESSOAS TOLAS DESSE MUNDO para confudir aos sábios..." ( ♡JESUS CRISTO)

Nunca tais palavras foram tão ATUAIS!
Bem como essas de GEORGE ORWELL, grande escritor britânico:

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➖➖➖Nosso estudo de hoje!

O TEMPO DE DEUS E O TEMPO DOS HUMANOS

A sabedoria de Deus geralmente só é vista em retrospeto. Quando a sabedoria do homem passa como uma moda passageira, a montanha da verdade de Deus permanece. Considerando que o tempo expõe a sabedoria do mundo, ele apenas vindicará a sabedoria de Deus – e qualquer um que fielmente a declarou ao mundo.

Se você quer uma boa imagem de como a igreja se parece perante o mundo, pense em Jesus perante Pôncio Pilatos. Coloque-se como um observador na sede do governador naquela manhã, testemunhando a interação entre os dois. Quem parecia fraco e quem parecia forte? Quem parecia tolo e quem parecia sensato? Qual deles parecia estar buscando o melhor resultado para todos os envolvidos?

O governador e o Senhor

“Você é o Rei dos Judeus?” (João 18:33).

“Meu reino não é deste mundo” (João 18:36).

Você só pode estar brincando! Pilatos esfregou os olhos exasperado.

Para Pôncio Pilatos, o homem diante dele era um grande inconveniente. A agenda do governador romano para o dia não incluía julgar algum rabino renegado com problemas com o Sinédrio. E a primeira coisa da manhã! O conselho queria que ele declarasse esse Homem culpado de traição capital. Hoje. Antes da Páscoa. Pilatos se ressentiu da pressão. Sua paciência se esgotou nas costuras.

Ele já tinha ouvido falar desse controverso Jesus, mas não sentiu necessidade de se preocupar com Ele. A inteligência que ele recebeu era de se tratar apenas de outro professor místico judeu. Alguns alegaram que Ele tinha poderes milagrosos. Mas não houve relatos de Jesus denunciando o imperador ou convocando uma revolta contra Roma. Aparentemente, Ele até inspirou alguns soldados romanos, mas não houve relatos de deslealdade como resultado.

O caminho mais fácil

Não que Pilatos tivesse escrúpulos em despachar um encrenqueiro judeu quando necessário. Mas essa situação deu-lhe um mau pressentimento. Jerusalém estava repleta de celebrantes da Páscoa – não é um bom momento para um “despacho” político. Se o próprio Jesus não chamou à revolta, executá-Lo poderia fazê-lo. Ele era popular entre os camponeses, e os fanáticos judeus aproveitariam qualquer momento oportuno.

No entanto, Jesus não estava ajudando sua própria causa. Ele não tinha nenhum conhecimento político? Ao perguntar: “Você é o Rei dos Judeus?” Pilatos basicamente ofereceu-lhe uma saída rápida da execução. Tudo o que Jesus precisava dar eram algumas negações rápidas e claras e Ele estaria fora do gancho doloroso de Roma. O Sinédrio teria que resolver seu próprio problema, e o governador poderia continuar com o importante trabalho do dia.

Mas a resposta de Jesus – “Meu reino não é deste mundo” – apenas piorou a situação desnecessária. Vamos lá, cara. Se você não quer morrer, não mencione um reino – imaginário ou não – ao governador romano! Agora Pilatos foi forçado a investigar mais.

Quem estava delirando?

“Então você é um rei?” Perguntou Pilatos. Jesus respondeu-lhe: “Você [com razão] diz que eu sou um rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo – para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (João 18:37).

Pilatos não conseguiu evitar uma bufada sardônica. Exatamente o que ele pensava: um místico judeu com a cabeça nas nuvens. Delirante? Claramente. Mas uma verdadeira ameaça política para Roma ou qualquer outra pessoa? Claro que não. Jesus era um Rei da Verdade cujos únicos súditos eram aqueles dispostos a ouvir sua voz. Pilatos imaginou que eles nunca seriam suficientes para uma rebelião. Além disso, os servos de Jesus não queriam lutar contra os poderes mundanos (João 18:36). Isso era loucura religiosa, não traição. Jesus não precisava ser morto.

Então Pilatos teve uma ideia. Havia uma maneira de sair dessa bagunça, uma maneira de libertar Jesus para que Roma parecesse benevolente, o Sinédrio salvasse a face e as massas judias fossem apaziguadas: a libertação dos prisioneiros da Páscoa! Ao se levantar para apresentar a ideia aos judeus, ele comentou sarcasticamente com o Rei da Verdade: “O que é a verdade?” (João 18:38)

O mundo e a Igreja

Sentado em seu quartel-general naquela manhã, Pilatos tinha toda a autoridade do Império Romano por trás dele. Jesus parecia não ter ninguém; ficou lá “desprezado e rejeitado” (Isaías 53: 3).

As palavras de Pilatos devem ter soado razoáveis, dado o contexto aparente. As palavras de Jesus devem ter soado delirantes e estranhas. Pilatos parecia estar a seguir um curso politicamente pragmático que evitaria uma execução injusta, frustrando, mas não alienando o conselho judaico, e mantendo a paz civil em Jerusalém. Jesus inexplicavelmente parecia não fazer nada para evitar a crucificação.

No entanto, com o benefício do retrospeto, vemos que Jesus era forte e Pilatos era fraco: Pilatos apenas exercia autoridade por decreto de Deus (João 19:11). Vemos que Jesus era sábio e Pilatos era tolo: o governador só achou as palavras de Jesus ininteligíveis porque as ouviu como um “homem natural” (1 Coríntios 2:14 NASB). E vemos que Jesus, e não Pilatos, sabia o que traria o melhor resultado para todos os envolvidos: Pilatos não tinha ideia da paz que Jesus buscava para biliões, enquanto buscava apenas manter a paz na cidade.

Esta é a posição da igreja no mundo. Embora Deus coloque seu povo em lugares de influência governamental como “José” e “Daniel” e “os da casa de César” (Filipenses 4:22), a igreja não exercerá o poder do mundo. Ela permanecerá nos lugares fracos, dizendo verdades que parecem ilusórias às autoridades do mundo, e perseguindo objetivos que serão mal compreendidos e mal interpretados. Mas sua posição será, na realidade, forte, porque “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1 Coríntios 1:25).

Vocês serão minhas testemunhas

Como Jesus testemunhou às autoridades governantes, e como Paulo testemunhou aos seus (e foi-lhe dito: “Paulo, você está louco“, (Atos 26:24), assim Jesus nos diz: “Vocês serão minhas testemunhas” (Atos 1: 8). Para alguns de nós, isso significará literalmente “comparecer perante governadores e reis por causa [dele]” (Marcos 13: 9).

Mas, quer sejamos chamados a comparecer diante de funcionários do governo, colegas de trabalho, vizinhos ou familiares, o que temos a dizer muitas vezes, no contexto imediato, parece estranho. Sentiremos como isso soa tolo para eles e sentiremos nossa posição aparentemente fraca.

É quando precisamos nos lembrar de Jesus perante Pilatos. O que importa não é como as coisas parecem e soam no momento estranho ou mesmo mortalmente sério. O que importa é ser fiel à verdade – mesmo que essa afirmação audaciosa apenas provoque um riso sarcástico. O que é fundamentalmente significativo, o que Deus está realmente a fazer naquele momento e por meio dele, frequentemente só é visto em retrospeto, porque para Ele não existe o tempo e sim a ETERNIDADE...

In: ESTUDOS BÍBLICOS HODIERNOS

Traduzido por Emanoel M Arruda. 11set21

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ANEXO:



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